Conheça o conceito de e-leadership e seus benefícios

Embora o conceito de e-leadership não seja exatamente novo, muita gente talvez ainda não o conheça. Você arriscaria o significado para esse modelo? Cada vez mais adotado por empresas de todos os tamanhos e setores, sejam elas do comércio, serviços, indústria, entre outras, o e-leadership é fruto da popularização da transformação digital.

Afinal, nesse cenário mais tecnologias foram implementadas para garantir o bom funcionamento das organizações e sua competitividade no mercado de trabalho. Atualmente, a maioria das empresas tem à sua disposição ferramentas e metodologias tecnológicas feitas para facilitar o dia-a-dia da área de recursos humanos.

Além disso, novos avanços tecnológicos têm apoiado as organizações na otimização de seus processos, principalmente quando estamos falando da gestão de pessoas. Nesse sentido, o e-leadership pode ser considerado um modo poderoso de aprimorar as competências de todos, líderes e liderados.

Em linhas gerais, trata-se de um novo modelo de liderança de gestão desenvolvido a partir das mudanças que ocorrem com as transformações digitais. Pelo conceito, os líderes em uma organização conduzem seus colaboradores por meio da tecnologia, seja por meio de canais eletrônicos online, reuniões digitais, entre outros. Isso é e-leadership.

Em outras palavras, a liderança é algo que utiliza a tecnologia de maneira estratégica. Ao mesmo tempo, o principal objetivo da e-leadership é ajudar as organizações a lidar e aprimorar as habilidades dos seus colaboradores. Para isso, fazem parte do conceito alguns pontos:

• Diminuição da hierarquia na organização.
• Uma cultura capaz de aproveitar os avanços tecnológicos.
• Movimento por mais colaboração e participação dos colaboradores.
• Mais flexibilidade.
• Construção de equipes globais e multiculturais.
• Aproveitamento de novas tecnologias.
• Mais autonomia para os colaboradores tomarem decisões.

Uma organização que pretenda investir em e-leadership deve criar uma cultura de transformação digital e flexibilizar a estrutura de trabalho, além de produzir mudanças de atitudes para que os colaboradores alcancem os objetivos almejados.

Videoconferências, e-mails, celulares, softwares de projetos e colaboração estão cada vez mais presentes no cotidiano de líderes e colaboradores. Com isso, o e-leadership passou de um conceito de liderança que acrescenta mais dinamismo do que um modelo tradicional de gestão, pois há meios para potencializar o que os profissionais têm de melhor.

O e-leadership se baseia em uma liderança que aproveita ao máximo a equipe, se concentrando em todas as habilidades e competências que impactam os resultados.

Segundo especialistas, o e-leadership oferece uma série de vantagens e benefícios para um negócio. Em primeiro lugar, essa estratégia de liderança pode proporcionar aos colaboradores uma maior motivação e engajamento com a organização, uma vez que eles terão mais autonomia e serão mais valorizados por suas habilidades e competências.

Sendo assim, o e-leadership, além de aumentar a produtividade do negócio, também beneficia os clientes, já que o atendimento é aprimorado, pois os líderes encontram mais flexibilidade para conversar com consumidores, ouvir reclamações, propor soluções, entre outros aspectos importantes nessa relação com a organização.

Por exemplo, caso um cliente queira comprar um determinado produto, com o conceito de e-leadership, ele poderá tirar todas as suas dúvidas sobre o que deseja adquirir por meio de um atendimento mais qualificado. Isso, por si só, resulta em maior satisfação e experiências positivas, que são cruciais para o sucesso do desenvolvimento de uma organização no mercado em que está inserido.

Em outras palavras, é possível afirmar que o e-leadership é uma estratégia de liderança que permite ao cliente ter uma melhor experiência de compra. Dessa maneira, eles se tornam mais leais ao negócio. Em paralelo, como o e-leadership é um modelo de liderança baseado em tecnologia, seja por meio de canais de comunicação eletrônica, dispositivos móveis, entre outros, isso resulta em vantagens, como maior flexibilidade e agilidade nos processos de produção.

Como implementar o e-leadership em uma organização?  

Para aplicar o conceito de e-leadership em uma organização é importante seguir alguns passos. Veja quais deles, abaixo:

Transformação digital  

Para a implementação do e-leadership é necessário criar uma forte cultura de transformação digital. Basicamente, a ideia é que a organização deve transformar digitalmente muitos de seus processos, com o propósito de automatizar, otimizar, reduzir custos e melhorar a produtividade.

Como aplicar a transformação digital em uma empresa pode ser um processo muito complexo, a dica é começar aos poucos e verificar quais aspectos do negócio precisam ser transformados. Ao aplicar a transformação digital é possível que a organização se posicione na vanguarda do mercado e se torne referência para os clientes. Sem uma cultura de transformação digital, o e-leadership não tem possibilidade de ocorrer.

Estrutura mais flexível  

Também é essencial que a organização esteja disposta a ser flexível. Afinal, o conceito de e-leadership tem por objetivo tornar a rotina dos colaboradores mais autônoma e participativa na organização. Para que isso ocorra naturalmente, flexibilizar a estrutura de trabalho é uma boa alternativa para começar.

De forma inevitável, o modelo de liderança exige grande flexibilidade, pois os funcionários terão mais confiança e autogestão. Eles devem estar comprometidos com suas tarefas, pois não há como microgerenciar o trabalho. Portanto, é importante conceber uma estrutura flexível.

Líderes afeitos com a tecnologia  

Outro ponto importante na hora de implementar o e-leadership é ter líderes adeptos do uso de novas tecnologias. Quando um líder não está acostumado ou não sabe usar a tecnologia, o conceito de e-leadership, consequentemente, não terá eficiência nem retorno positivo.

Por isso, é fundamental apostar em líderes que saibam lidar com ferramentas tecnológicas. Você também pode incluir treinamento especializado para migração de líderes para tecnologia.

Comunicação eficaz  

No e-leadership é ideal associar à inclusão de tecnologias que melhorem a comunicação. Esse processo é importante, pois aumenta ainda mais a produtividade e torna os funcionários mais eficientes no trabalho em equipe.

Quais são os desafios do e-leadership?  

Uma pesquisa feita com 58 empresas globais encontrou a seguinte lista de desafios comumente enfrentados por equipes virtuais:

• Cultivar a confiança.
• Superar a falta de contato ou isolamento face a face.
• Superar as barreiras de comunicação.
• Alinhar objetivos de integrantes individuais da equipe.
• Obter clareza sobre os objetivos da equipe.
• Garantir que a equipe possua conhecimentos e habilidades.
• Garantir a disponibilidade de recursos tecnológicos.
• Lidar com a incerteza da função porque os integrantes estão em muitas equipes virtuais.

Os integrantes de equipes virtuais e seus gerentes enfrentam desafios complexos que as habilidades eficazes de um líder no e-leadership podem ajudar a superar. O líder eficaz é aquele que alinha os integrantes da equipe com a ferramenta de comunicação apropriada para os objetivos da equipe, comunica expectativas e metas e conecta todos do grupo usando uma perspectiva multicultural para gerenciar conflitos e complexidade.

E-leadership e os millenials  

Para alguns especialistas, o e-leadership é um modelo de liderança mais atual, que lida com as habilidades da chamada geração millennial (ou geração Y), aquelas pessoas nascidas entre os anos de 1980 e 1995, sobretudo no que se refere ao uso de tecnologia.

A natureza do e-leadership, com base na transformação digital, consegue identificar e aproveitar o conhecimento dessa geração, que além de estar o tempo todo conectada, também tem como uma característica marcante acreditar fortemente na qualidade de vida como um fator determinante no ambiente de trabalho.

Segundo pesquisas, 95% dos millennials afirmam que o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é algo muito importante. Para entender a presença dessa geração na atual força de trabalho, basta verificar que 50% dos profissionais brasileiros já são millennials, de acordo com levantamentos. A perspectiva é que isso alcance 70% do total em 2030.

Entre as principais características da geração podemos destacar a relação indissociável com a tecnologia, a facilidade para lidar com mudanças, a falta de preocupação com formalidades e uma grande abertura para a inovação.

A partir das características dos millennials, especialistas traçam alguns aspectos de liderança que uma organização que adote o e-leadership precisa implementar para potencializar as habilidades de uma equipe formada por pessoas dessa geração.

Menos hierarquia

A hierarquia tradicional muitas vezes não funciona com a geração millennial. O excesso de autoridade é um problema porque os millennials querem ser mais colaborativos no dia a dia da organização. Isso significa que eles querem ser ouvidos por seus líderes e, sobretudo, que as responsabilidades sejam compartilhadas com eles.

Mais colaboração e participação

No e-leadership, toda a equipe tem sua parcela de importância que é levada em conta em todos os projetos. Isso vai ao encontro dos traços da geração, que tem vontade de participar, ser incluída em tudo o tempo todo. O tempo ocioso é o caminho para perder o engajamento dos millennials.

Mais autonomia

Os millennials querem ter uma participação importante na tomada de decisões. Isso significa que o e-leadership precisa oferecer mais autonomia à equipe. Pessoas dessa geração também gostam de desafios e assumem novas responsabilidades constantemente.